Setembro, auge da seca brasiliense, a gente parece ter perdido o último verde que restava. Então você vai dormir com tudo marrom à sua volta e, horas depois, acorda em uma cidade diferente: os ipês pintaram Brasília de amarelo.
Quantas vezes você viu isso acontecer? E quantas vezes você se surpreendeu com esse mistério do cerrado? A sincronia dos ipês é tão incrível que a gente toma um susto, o mesmo susto bom, todos os anos.
No eixão norte e sul, ao lado do bar, na frente do bloco, perto do trabalho, no caminho da escola: é inacreditável, todas aquelas árvores explodem de cor ao mesmo tempo. Parecem contar um, dois, três e já.
Além da sincronia olímpica, a minha admiração pelo ipê vem do seu senso de oportunidade. É a beleza certa na hora certa, exatamente no momento em que a cidade mais precisa de cor, de paciência. Você olha aquele amarelo berrante no fundo azul e esquece do calor, do hidratante, de tudo. É a inteligência do cerrado dizendo ei, nem tudo é preto e branco.
E na velocidade que vem, o amarelo vai… Talvez porque queira chamar sua atenção. A gente costuma olhar mais quando sabe que vai durar pouco. Será?
PS: As fotos aqui foram postadas entre domingo e segunda, no Instagram. A de cima é do @nivasgallo. As de baixo, por ordem: @antbrito, @cesarkazuo, @gabribarcelos, @kemy_chan, @licawb, @rsavio. Vai ser uma semana de amarelo nas redes sociais, mas esse é um tipo raro de viral: não enjoa!
Bora?
Dá uma olhadinha no ipê mais perto de você. Vai dar tudo certo!
Que post mais lindo, Daniella! 😀 Agora que já corri nos aspersores, acho que vou abraçar um ipê!
kkkk… Chuchu, vamos abraçar um ipê com um aspersor na mão! Vai ser lindo!
eu quero! adorei essa ideia. lindo texto, twittei. 😉
eba! Beijo, Isabelita! 🙂
Não precisa de muito esforço, se olhar ao redor, vai ter um pra chamar de seu.
Lindo texto, Dani!
🙂
É isso aí, Bianca… 😉 Obrigada!
Já vi um ipê pra chamar de meu : ) E são eles, os ipês amarelos, que estão me deixando mais feliz diariamente. Com eles tenho aprendido a renovar-me, assim como eles fazem na seca do cerrado, mostrando que é possível renascer, sempre! Uma lição da natureza!!!
É verdade, Cris, uma lição e um presente! Beijo pra você 🙂
Brasília tem dessas coisas boas. Às vezes são os flamboyants que dão um espetáculo de luz, cor e vida bem no auge da seca. Cheirinho bom de chuva chegando!! 🙂
Isadora
Adoro os flamboyants também! Tem um bem na frente da minha janela e tá começando a ficar vermelho. Bjo, Isadora
Para os adeptos da caminhada rola um bônus: andar sobre os “vangoguianos” tapetes amarelos enquanto se pode admirar as flores caindo. Coisa de cinema… Brasiliense!
Gostei do “vangoguiano”. 😉
agora que fui ler essa belezura de texto. é isso aí, a gente sempre recebe uma força nos momentos mais difíceis, taí o ipê para provar! 🙂
Louvado seja nosso Grandioso Deus, que na semana da Criação fez essas belas árvores para ornamentar e alegrar nossos olhos ao contemplá-las na natureza. Suas flores são peculiares a cada período de tempo e algumas em espaços específicos! Que colosso! Como são lindas ! Aqui em São Paulo vimos também em destaque esses ipês amarelos, bem como, as de cores roxas ou lilás. São lindas demais!
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