O rock (autoral) não morreu

rockbrasilia

Não importa quantas cervejas eu tinha bebido, certo?, o fato é que eu estava no show de uma dessas bandas covers, no Velvet, e, do nada, compartilhei minhas profundas reflexões da madrugada com meu vizinho de plateia, que vinha a ser um rodie, um funcionário da casa, ou algo parecido:

– Cara, eles tocam super bem. São ótimos tecnicamente. Então por que diabos ficam aí tocando a música dos outros? Não dá vontade de ouvir a música dos caras com eles falando o que eles sentem? Quem eles são? O que querem da vida?

Me toquei que o funcionário da casa, o rodie, ou algo parecido devia estar me achando uma doida, o que eu devo ser mesmo, e, antes que ele respondesse qualquer coisa, saí de perto, voltei pros meus amigos e a fingir ser uma pessoa normal.

Pois hoje, depois de receber dois convites inacreditáveis pros próximos dias, comecei a desconfiar que o funcionário da casa, o rodie ou algo parecido seja na verdade uma entidade, um oráculo ou algo parecido, que estava ali para ouvir minhas preces.

Acontece hoje no Velvet o show de lançamento da banda Brasil Cibernético – que, acabo de descobrir, é meio que herdeira do Prot(o), que marcou my young years. Carlos Pinduca à frente, com Beto Cavani, Flavio Silva e Luis Gabriel, a banda celebra o rock autoral, exatamente como estamos precisando. Quem toca com eles é o Phonopop – que, com várias formações, nunca deixou de estar presente.

E sábado tem mais! Acredita? O Elefante, que busca cada vez mais se firmar como espaço cultural da cidade, abre suas portas para as bandas brasilienses Da Silva e Suíte Super Luxo. Quem ❤ rock e tem mais de 30 anos sabe do que estou falando.

Entidade disfarçada de rodie, receba meu agradecimento. Que a onda dure e que a cidade retome com gosto a vocação que sempre teve.

\m/

Bora?
Brasil Cibernético e Phonopop
Hoje, 31 de julho, às no 22h
Velvet Club
CLN 102 Norte, Bloco B.

Suíte Super Luxo e Da Silva no Elefante
Sábado, 2 de agosto, às 18h,
Elefante Centro Cultural
SCLRN 706, Bloco C, Loja 45.

Foto: @yuryhermuche

Um universo lindo e paralelo perto daqui

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Você, que já entrou em uma caverna aqui por perto, já sabe como é, certo? Sabe exatamente o que se encontra no subterrâneo, a paisagem, as sensações. Só que não, viu? A verdade é o que o Alessandro, nosso guia de 27 anos que prefere ser chamado de Sandro, revela: “Quem nunca veio a Terra Ronca, não sabe o que é uma caverna de verdade”.

Como contei antes aqui, descobri a existência do Parque Estadual de Terra Ronca fuçando o site do Passaporte Verde, campanha do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) que nos convida a cuidar melhor dos lugares que visitamos. Trinta e cinco anos de brasiliense e eu ainda não sabia que tínhamos, a 390 km daqui, o maior parque de cavernas das Américas.

Uma semana depois da descoberta, lá estava eu, indo em direção ao noroeste de Goiás, quase divisa com a Bahia. São mais de cinco horas de viagem, sendo uma hora em estrada de terra, que está em boas condições, mas mal sinalizada. Pelo menos duas vezes encontramos uma bifurcação sem placa – na dúvida, seguimos no que parecia ser a estrada principal e deu certo. Mas esquente não. Aqui e acolá tem um povoado, onde dá para pedir informações.

Criado por uma lei estadual em 1989, o parque pertence ao Governo de Goiás. A região é pouco divulgada e explorada. Dentro do parque, são três as pousadas principais, todas simples e com poucos quartos, e apenas cinco guias atuantes. Não são muitos os turistas que vão até lá e têm a sorte de entrar naquele universo lindo e paralelo.

O número de cavernas do parque é incerto, mas estima-se que sejam mais de 200. Das cinco mais visitadas, tive tempo de conhecer duas: a São Matheus, considerada uma das maiores e mais bonitas do País, e a São Bernardo. Descrever as duas é uma tarefa inglória, talvez por isso eu tenha travado antes de escrever este post. Não há foto ou palavra que defina aquilo que eu vi.

A descida é íngreme até se chegar à boca da caverna, 200 metros abaixo da terra. Quando eu parei para olhar, do topo ou lá de baixo, tive algumas crises de riso. Não dava para acreditar que eu seria capaz de descer ou de subir aquela montanha de pedras – mas eu desci e subi, e foi surpreendentemente tranquilo. Um passo de cada vez.

Não dava para acreditar que eu passaria 4 horas lá dentro, andando por mais de 1 km naquele buraco gigantesco, no breu absoluto não fossem as nossas lanternas, e que eu não me sentiria agoniada, claustrofóbica, medrosa. Mas passei, e as horas simplesmente voaram, enquanto eu me hipnotizava no planeta subterrâneo, totalmente em paz.

O silêncio só é cortado pelo rio, cristalino e raso, que atravessa toda a caverna e forma pequenas cachoeiras subterrâneas. Animais ali são raros: uma aranha aqui, um bagre cego ali, e morceguinhos que só aparecem raramente e que não saem de perto do teto alto.

A cada curva que fazíamos, um novo salão se abria, com formações calcárias gigantescas – colunas de estalactites, estalagmites e outros nomes estranhos que batizam as formas mais bizarras já vistas por esta pessoa aqui. Tudo formado por um trabalho de paciência que só a natureza é capaz: a conta gotas, que escorrem entre as rochas e pingam lentamente há 600 milhões de anos.

Sandro, o guia que nos apresentou um mundo novo, reclama da falta de fiscalização nas cavernas e da visitação irresponsável, que destrói parte desse trabalho milenar. Cuidadoso, ele monitora cada passo nosso, preocupado com a nossa segurança e também com a preservação da caverna. “O ser humano é muito egoísta”, diz o baiano que caminha pelas cavernas de Terra Ronca há 15 anos. “Se todo mundo que vier aqui arrancar alguma coisa e levar para casa, daqui a pouco isso tudo não existe mais.”

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Bora?
Parque Estadual Terra Ronca
390 km de Brasília, via Formosa – mapa aqui
Cavernas mais visitadas: Terra Ronca I e II, Angélica, São Bernardo e São Mateus.
É imprescindível ir com guia – eles cobram R$ 100 por dia de passeio.
Pousadas: Estação Lunar, Terra Ronca, São Mateus.

Cuide do lugar que você visita: veja aqui

[Este post é patrocinado e faz parte da campanha Passaporte Verde]

Floresta de bolso

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Voltei de férias meio de mal de Brasília – o que não é raro. Sinto sempre falta da praia, sinto sempre falta de me perder por ruas anônimas, sinto sempre falta de como tempo e espaço se articulam de um jeito diferente longe de casa… Sinto sempre falta das férias quando volto, como qualquer pessoa entulhada de rotina.

Eu precisava fazer o dia-a-dia engatar de novo, mas não estava conseguindo. Precisava me reacostumar a olhar emails, fazer compras, revisar dever de casa de filho, me concentrar nos freelas – mas não estava rolando.

E um dia, do nada, acordei precisando re-estar de férias. Precisando de um mini SOS de férias, algo que me despertasse umas férias internas, que eu não precisasse abandonar para estar no trabalho às 8h da segunda-feira. E fui no Olhos d’Água.

É possível que você more em Brasília e nunca tenha ido no Olhos d’Água. Conheço gente assim, por incrível que pareça. Se é seu caso, não perca tempo: vá.

Mas não vá apenas caminhar na pista que circunda o parque, não. Vá se perder nas trilhas rodeadas por árvores que parecem mais antigas que Brasília. Vá em busca da nascente que dá nome ao parque. Vá sossegado, vá respirar, vá abraçar uma árvore. Vá encontrar você mesmo, seu ritmo, sua própria natureza.

Que luxo que é ter uma florestinha daquela pra urgências como a minha.

Bora?
Parque Olhos d’Água
SQN 413/414
Aberto diariamente das 6h às 19h

As kombis vão dominar a cidade

kombis

Depois do último evento no Eixão Norte, há duas semanas, o movimento food truck parece ter começado uma estratégia de ocupação geral da cidade. Estamos sendo dominados – e isso é ótimo!

Amanhã à tarde, vai ter o “Te vejo na 9” (tem frase mais brasiliense do que essa?). O evento, na 409 Norte, é organizado pelo Vicent – Casa de Chá, pelo trailer Hamburgueria do Francês e pela Grote Markt Cervejas Especiais. Eles convidaram a Corina Cervejas Artesanais e o Chilli na Rua, de quem a gente já falou aqui, além da Urukombi – uma festa itinerante dirigida pelos DJs Nagô e Daniel Black.

No domingo, é a vez do “Food Park” voltar, desta vez no Parque da Cidade. Além do Chilli na Rua e da Corina, estarão lá outras três kombis: a Corujinha Foodtruck, a Segunda do arroz carreteiro e a Peluqueria Móvel. Você vai poder cortar seu cabelo, comprar uma roupa legal, um vinil, fazer aula de yoga e assistir a um espetáculo de circo itinerante.

Isso se as filas permitirem, é bom falar. No último Food Park, no Eixão, não consegui experimentar as comidas, nem chegar perto da Corina. Tudo o que é bom lota mesmo, e essa é uma equação difícil de resolver em eventos abertos. Então aqui vai uma sugestão: encare o evento como uma festa, onde você vai encontrar um monte de gente bacana. Se achar melhor, faça um piquenique e leve coisinhas de casa. Sem pressa, é possível que você experimente tudo o que quiser.

* Para completar o roteirão do fim de semana: amanhã tem lançamento de joias da Thelma Aviani, no Cobogó. Coisas lindas vêm por aí. Também amanhã, será aberta a exposição 96 Athos, na Fundação Athos Bulcão. Comemorando o aniversário do mestre, foram convidados 16 artistas plásticos para criar uma obra em homenagem a ele. Coletivo Transverso, Diego Bresani, Luda Lima, Quadradinho e Virgílio Neto são só alguns.

Bora?
Te vejo na 9
Sábado, das 12h às 18h
Entre os blocos A e B da CLN 409
Evento no face: aqui

Food Park
Domingo, das 11h às 18h
Parque da Cidade, estacionamento 10 (bosque em frente ao Pesque Pague)
Evento no face: aqui

Lançamento Thelma Aviani
Sábado, das 10h às 19h, com DJ Clarice Garcia
Cobogó – 704/705 Norte, bloco E
Evento no face: aqui

96 Athos
Fundação Athos Bulcão – 404 sul, bl D, loja 1
Abertura sábado, às 16h
Visitação até 16 de agosto
De segunda a sexta, das 9h às 18h, e sábado, das 10h às 17h
Página no face: aqui

Um mundo de possibilidades – e um novo olhar para ele

Passaporte Verde

“O planeta precisa que adotemos um novo estilo de vida, mais ligado às vivências e contato com as pessoas e menos relacionado com o consumo.” Foi com essa frase que a campanha Passaporte Verde me ganhou, e me fez desejar uma nova viagem para que pudesse me testar: será que consigo colocar em prática todos os hábitos que a campanha sugere, e viajar com um olhar novo, mais preocupada em cuidar do lugar que me recebe?

O Passaporte Verde é uma campanha do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), principal autoridade global em meio ambiente, que nos convidou para fazer parte dessa história. E nós, do Quadrado, aceitamos com prazer, porque a mudança de olhar – em Brasília ou fora dela – é o que nos move aqui.

A campanha sugere atitudes simples para diminuir o impacto ao meio ambiente durante viagens. As sugestões vão além de desligar a torneira para escovar os dentes ou apagar a luz ao sair do quarto. A mudança, para ser real, tem que ser de olhar, e isso inclui todas as etapas de decisão: o tipo de hotel ou pousada que se escolhe, o que se leva na mala, a forma como você conhece a cidade, do que você se alimenta.

São atitudes que, consciente ou inconscientemente, já costumo tomar nas viagens que faço. Não todas, mas parte delas, pelo menos. O Passaporte Verde incentiva justamente o tipo de viagem que eu mais gosto de fazer: aquela em que o mais simples é o mais importante. Ainda que dê vontade de levar todas aquelas coisas lindas que aparecem na sua frente e que você acha que nunca mais na vida terá outra chance de comprar.

Da última viagem que fiz, lembro mais rápido e com mais carinho de todas as pequenas conversas que tive com os moradores das cidades por onde passei do que das coisas lindas que trouxe na mala – algumas encostadas até hoje, sem ter para onde ir. No fim das contas, viajar de forma sustentável nada mais é do que viver bem. E se a experiência é o que vale, que façamos dela algo mais respeitoso com quem nos acolhe (estou falando do destino das férias e também do planeta, claro).

Uma coisa muito bacana da campanha são os roteiros sustentáveis que eles sugerem nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo, entre elas Brasília. Esse assunto fica para outro post, só queria adiantar uma coisa: você já ouviu falar do Parque Estadual de Terra Ronca?? Exagerei no ponto de interrogação porque acabo de descobrir, chocada com a minha ignorância, esse lugar no site da campanha.

Ele fica em Goiás, a 380 km de Brasília, e é simplesmente o maior parque de cavernas da América Latina. Dá uma olhada nas fotos da Pousada Estação Lunar, um dos estabelecimentos engajados com o Passaporte Verde. Veja bem. Existe ou não existe um mundo de possibilidades por aí?

Bora?
Passaporte Verde: acesse o site aqui e se inspire
Página no facebook: aqui

[Este é um post patrocinado. Quem acompanha o Quadrado desde o início sabe que é a primeira vez em que publicamos um publipost. A decisão foi tomada por um motivo simples: acreditamos na ideia que estamos divulgando.]

Delícia de comida e de lugar

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Bem, mudemos de assunto. 🙂

Hoje queria pagar uma dívida com o blog, porque essa dica eu fiquei adiando, adiando, quando deveria ter contado pra todo mundo desde o primeiro dia em que fui lá, no Doca Cozinha Contemporânea. Se você não foi ainda, esta é a dica: vá!

Vá, porque a lista de motivos é boa. Começa com o lugar, continua com a gentileza do serviço e termina com o cardápio. O restaurante é uma graça – pequeno, charmoso e à beira do lago – e ainda tem uma vista incomum. Fica perto da barragem do Paranoá, no final da ML do Lago Norte.

Dá pra passar a tarde toda comendo as entradas, feliz da vida. Lágrimas nos olhos para os bastões de polenta frita com geleia de pimenta (R$ 18,50), que provoca discórdia na mesa (melhor pedir dois). Tem ainda os dadinhos de queijo coalho maçaricados, com melado de cana e geleia de goiaba (R$ 18,50). Gente. Eu salivo enquanto escrevo e não são nem 11h30 da manhã.

Pratos do coração: picadinho de filé com arroz, farofa crocante, banana à milanesa e ovo pochê (R$ 47) e peixada de robalo e camarão (R$ 56). Também tem opção de massa, salada e prato infantil, e um camarão tailandês (R$ 51) que é um dos carros-chefes da casa.

O cardápio é obra de Pedro Coe, um jovem chef de 23 anos. Ele começou a cozinhar adolescente ainda, num restaurante da avó. E foi na doca da casa dela que ele começou o próprio negócio, fazendo entrega de petiscos nas lanchas que passam o dia na barragem, aos fins de semana. Serviço que ele faz até hoje, de jet-ski.

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Bora?
Doca Cozinha Contemporânea
Página no face: aqui
SMLN ML 13, conjunto 3, casa 16
Aberto sábado e domingo, das 12h às 18h
Reservar antes: 8339-1570

Estou contigo no sucesso e no vexame

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Seleção querida,

Escrevo para te contar que hoje vim trabalhar com a sua camisa. Estou sofrendo um certo bullying, de repente o verde e amarelo parecem as cores da Argentina, não sei bem porquê. Só recebi elogio de um motorista, no meio da rua. “Parabéns pela iniciativa”, ele me disse.

Não entendo nada de futebol, mas entendo um pouco de vexame. Já passei por algumas vergonhas e decepções. Sei como é criar expectativas demais e do estrago que isso pode provocar.

Mas sabe de uma coisa? O problema não é criar expectativa demais. É não saber perder. Não aprendemos a cair, a cair feio, rolar na lama até o fundo do poço. Ninguém nos ensina que isso é possível, até provável, e que não é o fim do mundo. É só um jogo, sim, mas ainda que não fosse: também não seria o fim do mundo.

Aprendemos a fazer a Copa das Copas. Temos de aprender agora a passar pelo vexame dos vexames. Foi feio, foi horroroso e pode servir de lição – oremos. Vocês me divertiram como nunca nas últimas semanas, não vou esquecer disso.

Venho por meio desta dizer: estou contigo na alegria e na tristeza. No sucesso e no vexame. Se não, não faria o menor sentido.

O melhor programa de domingo

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Se você quiser passar seu domingo ao ar livre, com música boa, comida boa e cerveja boa em volta, anote aí o endereço e o horário: Eixão Norte, na altura da 215, das 11h às 17h. O nome da ideia simples e bacaníssima é Food Park, o evento que vai reunir um DJ, dois food trucks (o nome em inglês para comida de rua, aquela servida em trailers e kombis) e a Corina, uma vaca cervejeira das boas. Não entendeu nada? Calma que vou explicar.

A moda de food trucks é mundial e a motivação principal dos restaurantes e lanchonetes sobre rodas é se livrar dos aluguéis caríssimos das grandes cidades. Junte a isso a vontade de inovar, a criatividade e a paixão pelo trabalho, e você tem novidades como o Chilli na Rua (em forma de trailer) e a Corujinha (em forma de kombi).

No trailer, o chef Daniel Vieira, do 4Doze Bistrô, vende chilli clássico, chilli vegano e ceviche com preço entre R$ 10 e R$ 30. Na kombi, a chef Marcela Prado oferece de sanduíches a saladas, tudo elaborado com produtos orgânicos e ingredientes frescos, comprados de produtores locais, e a menos de R$ 20. “A Corujinha Foodtruck nasceu porque acreditamos nas coisas boas, nas pessoas e nos bons momentos”, divulga Marcela.

Para completar o time de domingo, temos a Corina, uma kombi com quatro torneiras de onde saem cervejas artesanais brasileiras e importadas. Na interpretação dos donos, porém, Corina não é um mero meio de transporte: é o nome que batiza a vaca cervejeira de quatro tetas, espécie “bovinus brejense”, com direito a sininho, berrante e baldes leiteiros.

Na última Mimosa, provei a cerveja da Corina, ordenhada na hora, e gostei muito. Era a Colorado Vixnu, que segundo Eduardo Golin, um dos donos da vaca, trata-se de uma cerveja “bem maltada, mas também muito lupulada, por isso você sente bastante o cítrico, principalmente do maracujá”. Após ouvir essa explicação, lembrei daquela frase: beber (e não viver) ultrapassa qualquer entendimento.

Eduardo explica que ele e seus amigos – Marcel e Heitor – se inspiraram em uma kombi cervejeira de Curitiba, e resolveram inovar pintando a kombi com tinta preta de quadro negro. A cada evento, o público decora a Corina com desenhos em giz de cera.

Os três se conheceram na Associação de Cervejeiros Caseiros de Brasília, que reúne o pessoal que produz cerveja em casa e promove compras coletivas de malte, por exemplo. Eles decidiram criar a Corina a partir de um sonho coletivo: beber cerveja de qualidade nos eventos da cidade. Cada copo custa entre R$ 10 e R$ 20 e, a cada evento, a seleção de cervejas muda.

Corina, Corujinha e Chilli vão se reunir no ponto mais animado do Eixão aos domingos, onde normalmente muita gente se junta para andar de skate, bicicleta e praticar slackline. Vai ter ainda o DJ Maraskin, a Canivete Camiseteria (também em forma de kombi) e uma mesa de pingue-pongue – leve sua canga e sua raquete!

corina      chilli na rua     corujinha

Bora?
Food Park
Eixão Norte, na altura da 215
Domingo, das 11h às 17h
Evento no face: aqui
https://www.facebook.com/events/847163322012102/

* Todo mundo citado neste post também faz evento fechado, é só ligar.