Cuidado: imagem forte

cremosita

Eu sei, eu sei: desculpa invadir sua hora do almoço assim, com essa imagem forte. Desculpa já te deixar com água na boca instantaneamente, convidando pra esse pecado duplo, saboroso e divertido. Mas não pude deixar de compartilhar (é a estratégia dos gordinhos: engordando todo mundo em volta, adivinha?, você nem parece mais gordinho).

Hoje o Corujinha Foodtruck está estacionado na frente da Cremositá, minha gelateria do coração.

A partir das quatro da tarde, você devora seu hambúrguer mais delícia (e de verdade) do mundo e engata no sorvete mais delícia (e de verdade) do mundo. Hoje é sexta-feira, gente, hoje pode.

Ah, e faz meu filme: fala pros seus filhos que fui eu quem avisei.

Bora?
Corujinha Foodtruck e Cremositá e uma sexta-feira, e viveram felizes para sempre
Hoje, a partir das 16h
CLS 104 Bloco A Loja 9
3340-4444

Um piquenique ao pé da Torre

FullSizeRender (3)

Quando foi, exatamente, que nossa Torre de TV, aquela antiga mesmo, virou algo tão, mas tão bacana?

Não tem mais aquela confusão toda onde eu me abastecia de cartazes de poemas, pulseiras hippies e bolsinhas de tapete na adolescência – ainda que, de alguma forma, algo disso tudo tenha permanecido.

Mas agora tem mais: tem as fontes luminosas da nossa infância, os restaurantes todos organizadinhos, tem até um letreiro turístico à la Amsterdã, além do café do mezanino que eu, pecado dos pecados, ainda não conheço.

Mas deste findi não passa, ah, não passa: tem evento fofo por lá durante todo o domingão. Bandas reunidas pelo projeto Suave, encontro de brechós e de coisinhas pra pets.

E você ainda pode temperar com o de sempre: soltar pipa com as crianças, tomar um caldo de cana e comer um pastel, comprar uma rede ou ficar de bobeira, lá, olhando a cidade. Que é pra isso que foram feitos os domingos.

Bora?
Um domingo com… Ao desapego, Suave e Zoo
Domingo, 1o de março, das 10h às 20h
No gramadão lindo em frente à Torre de TV

Siga aquela moça!

FullSizeRender

Não, a gente não foi esmagada por Momo. Nem fomos abduzidas pelos ETs no carnaval. Estamos aqui vivinhas da silva, embora um pouco atropeladas pelo ritmo normal das coisas – já que agora vai, o ano começou pra valer.

Viajei na semana passada e ainda estou voltando aos poucos. Toda vez que eu saio demoro um pouco pra fincar o pé de volta em Brasília.

Você não tem a impressão que às vezes a cidade passa rápido demais pela janela do seu carro? Eu tenho. Tento me libertar dessa vida carrocentrada mas nem sempre consigo – principalmente quando a rotina está assim, a toda, com trabalho, projetos e todas as atividades da família no mode on.

Dá vergonha, mas é verdade: tenho admirado mais Brasília no instagram do que na vida real. Resolvi fazer esse mea culpa gigante como promessa pública pra desacelerar (Carl Honoré que não me ouça) e como pretexto pra compartilhar com vocês o que tem me sido a mais linda janela para essa cidade bonita. Fotos que vira e mexe me chacoalham e me gritam: vai viver, menina.

Sigam a @joanafranca no instagram. Ou fucem o trabalho dela pelo site.

Grande amiga de grandes amigos, cheguei perto da Joana por pura admiração. Arquiteta, ela estudou fotografia em NY – e hoje tenho a impressão de que ela abusa mais do seu olhar e dos seus cliques do que seu traço pra fazer do mundo um lugar mais bonito. Suas fotos estão em importantes revistas de arquitetura e em exposições lindas.

Aliás, já tínhamos falado da Joana quando contamos do ovo de codorna, lembram?, que nos levou pra viajar pelo mundo todo. Em mundo ela é especialista – e a coisa mais linda é como ela se define no facebook: “viaja porque precisa. Volta porque te ama, Brasília”.

Pois o insta dela é puro isso: puro aqui, puro amor, puro modernismo, pura Brasília.

E se seu carnaval for muito mais que só samba e cerveja?

mercaso_sul_vive

Comecei meu domingão de carnaval com uma pulga atrás da orelha. O pessoal do Movimento Mercado Sul Vive, que realiza mobilizações culturais no Mercado Sul de Taguatinga, me passou esse material, chamando todo mundo para uma mobilização cultural que acontece hoje de tarde no local.

Pelo que me explicaram, há coisa de uma semana acontece no Mercado Sul de Taguatinga a ocupação cultural de lojas abandonadas no local dentro do mercado conhecido como Beco da Cultura. A Ocupação Cultural Mercado Sul Vive – Beco de Portas Abertas para a Cultura reivindica a concessão de uso das lojas abandonadas, que aparentemente estão ociosas há dez anos. Onde poderia estar rolando cultura, rola apenas especulação imobiliária.

Movimentos culturais ocuparam as lojas e, desde então, desenvolvem uma série de atividades como mamulengo, oficina de bonecos de espuma, oficina de crochê, shows, grafite, cineclube e bazar. Pelo que nos contaram, já passaram por lá grupos como Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, Mambembrincantes, Ventoinha de Canudos, MoverMents, entre outros.

Acontece que a reintegração de posse está marcada para hoje – e os movimentos culturais convidam todo mundo para estar com eles à espera com suas armas habituais: cultura, alegria, carnaval. O bloco Mamãe Taguá deve aparecer para dar força ao movimento.

É logo mais às 15h. Que tal brincar um carnaval com uma causa?

Bora?
Ocupação Mercado Sul Vive
Manifestações culturais no Beco da Cultura ao longo de toda a ocupação
Hoje, às 15h, mobilização cultural com a presença do bloco Mamãe Taguá
Mercado Sul de Taguatinga, QSB 12/13
Mapinha aqui

Meu carnaval minimalista

confete

Lamento, mas não dá. Não consigo mais acompanhar a programação do carnaval de Brasília. São muitos blocos, anti-blocos, microblocos, festas pós-blocos e afins.

Não tenho a menor pretensão de trazer pra vocês uma programação exaustiva – até porque tem gente especializadíssima em fazer isso por nós. Já conhece essa galera do Carnavali-á?

Eles fizeram cobertura do pré-carnaval, tiraram fotos bem legais do pessoal na rua e hoje soltaram essa programaçãozinha toda diagramada e fofa, com tudo o que todo mundo precisa saber.

carnavalprogramação

Eu não tenho condições de sequer tentar seguir um décimo dessa alegria toda. Vou me limitar ao Babydoll no sábado, Bicicobloco e Tesourinha no domingo (será que eu aguento?) e, se estivesse em Brasília na segunda e na terça, seria Aparelhinho e Tesourinha de novo.

A Dani está totalmente anticarnavalesca este ano. Eu estou animada com o findi – mas a euforia não deve alcançar a segunda-feira.

E vocês? Têm alguma dica a complementar?

Sua fantasia bafo

carnavalizeferrugem

Eu tenho uma amiga pernambucana que morre de rir das nossas fantasias brasilienses de carnaval: Kiko e Chiquinha, Onde está Wally?, Marinheiro, Índio. Ela acha tudo isso muito escola maternal. “Ô, povo tabacudo”, eu pareço estar ouvindo ela dizer.

Em Recife, carnaval é sinônimo de montação. É a festa da carne, é o momento de sensualizar. São dourados, plumas e paetês em roupas justíssimas e curtíssimas – mesmo quando não se tem o corpo perfeitamente desenhado pra isso. E daí? É carnaval!

Por isso mesmo que a minha amiga caiu de amores pela coleção bafo de carnaval da Fernanda Ferrugem – porque essa é a língua que a Ferrugem fala em tempo de carnaval. Modernidade, estilo, chiqueza, glamour, sensualidade – pura carnavalização.

Está na vibe loja de fantasia? Ótimo, você vai se virar em qualquer Armarinho Milano da cidade.

Mas se seu negócio é mais a montação carnavalesca sensualizante aprovada com mil joinhas pela minha amiga cineasta pós-doutorada em ladeiras de Olinda, vou te dar a dica: corre no Espaço Ferrugem.

Ou aproveita que ela estará com um stand montado em vários eventos carnavalescos da cidade pra garantir sua indumentária hype, sexy e, citando minha personal filósofa pernambucana, anti-taba.

Bora?
Espaço Ferrugem
QE 19 Conj. J Casa 11, Guará II, Brasília
Segunda a sexta, 8h às 19h, sábado 10 às 19h
(61) 35677442, ferrugeme@gmail.com

Edição desta quinta: anota os eventos em que a Ferrugem vai levar suas lindezas! Hoje (12/02) na festa do 5uinto, sábado na festa Realce, segunda no Aparelhinho e terça no Bloco da Tesourinha.

Ela continua acabando com a minha vida

padaria

Você lembra da padaria francesa que acabou com a minha vida? Então. Após um sofrido recesso (pra mim), ela voltou em 2015 com algumas mesinhas, café, cappuccino, chá e chocolate quente. O que era bom, ficou perfeito.

Pense nesse tempo chuvoso, no céu nublado e num friozinho de leve. Agora misture com um cappuccino, dois pães pequenos, uma porção de manteiga, outra de geleia: o resultado é um café da manhã delícia por 12 reais. Essa é a primeira fórmula de café da manhã da La Panière, e em breve serão criadas outras, incluindo os folheados.

Em relação ao recesso de janeiro, já tentei explicar à Elisa, dona do lugar, que os direitos humanos e trabalhistas de todos os seres humanos devem ser respeitados, menos os dela e os do padeiro. Serviços essenciais não podem ser interrompidos, isso pra mim é muito claro.

Bora?
La Panière – Pães artesanais
211 Sul, bloco A
Terça a sábado, das 7h às 20h. Domingo, das 8h às 14h. Segunda fecha.
Telefone: 3245-6280
Página no face: aqui

Minha crítica do Jambu: três vezes em duas semanas

JAMBU

Demorei um pouco demais pra conhecer o Jambu e, mais uma vez, pra escrever sobre ele. A respeito disso, uma explicação sucinta e lógica: só comprei uma agenda ontem; oficialmente, meu ano começa agora.

Mas bem, tudo começou com uma reunião de pauta do blog, com a Carol. Onde se lê “reunião de pauta”, entenda-se “conversa sobre a vida, o planeta Terra e o cosmo” – uma desculpa pra conhecer o restaurante da Vila Planalto que mistura ingredientes da Amazônia e do cerrado.

O resultado foi que, dois dias depois do primeiro almoço, já estava de volta com a família inteira. E duas semanas depois, voltaremos pela terceira vez. Uma informação que vale mais do que uma crítica gastronômica, não?

A combinação de ingredientes exóticos com a cozinha contemporânea – da qual eu tinha certo medinho – funcionou perfeitamente no almoço. Provei pato no tucupi pela primeira vez, e amei. Comi o camarão com molho de tomate cereja e purê de macaxeira, e rezei. Não pedi o ceviche de semente de jaca (eca) verde, e milagrosamente me arrependi.

No almoço executivo, uma entrada, um prato principal e uma sobremesa sai por R$ 49. No jantar, é diferente: você pode escolher oito ingredientes e o chef Leandro Nunes prepara uma sequência surpresa de oito pratos (R$ 130 por pessoa). Para selecionar os ingredientes, é preciso fazer reserva 10 dias antes. Mas dá pra aparecer em cima da hora e experimentar o cardápio de outra pessoa ou a sequência de quatro pratos da “carta branca” (R$ 92), que significa: o chef decide o que você vai comer.

Por causa do menu interativo é que vou voltar pela terceira vez em duas semanas. Os ingredientes foram escolhidos após um almoço familiar e algumas garrafas de vinho, então ocorre que não lembramos exatamente qual foi a nossa seleção. Recordo-me, vagamente, de algo entre camarão e carne de porco, taioba e banana. E seja o que deus quiser.

Adendo (atualizado em 07/02)
Esta que vos escreve é a pessoa que acordou ligeiramente de ressaca do jantar de ontem. Fiz questão de vir aqui acrescentar esse parágrafo porque a ressaca não foi do vinho, foi da cozinha contemporânea experimental. Achei que o jantar seguiria mais ou menos a linha do almoço (comida de verdade), mas o que encontramos foi o minimalismo da culinária pós-moderna, que definitivamente não é a minha praia. Portanto, só uma dica: almoço muito bom; jantar, só se você for adepto da formiga com gosto de capim limão. Eu sou mais um arroz com feijão.

Bora?
Jambu
Rua dos Conselheiros, lote 2, Vila Planalto (em frente ao balão principal de entrada da Vila)
Tel: 3081-0900
Segunda, só almoço. Terça a sábado, almoço e jantar. Domingo fecha.
Cardápio atual: aqui

Brasília, te devoro

maquete

Precisa nem explicar que todas as exposições de arte do CCBB são absolutamente imperdíveis. A última, do Kandinsky, foi sucesso absoluto de público e de crítica da minha casa. Toda vez que a gente não tinha mais o que fazer da vida, o Pedro vinha:

– Vamos na exposição do Kandinsky?
– De novo, Pedro?

E a gente ia. De novo.

Não vejo a hora de mostrar pra ele esse a-cha-do que faz parte da nova exposição do CCBB, Ciclo. Inspirada no centenário do ready-made inventado por Marcel Duchamp, a exposição conta com vários artistas, de diferentes gerações e origens, que reinterpretam a ideia de criar com o que temos – com os materiais da contemporaneidade, os objetos do dia-a-dia. A ideia de que tudo pode virar arte.

Tudo. Até biscoitos.

Uma maquete de Brasília foi construída pelo artista chinês Song Dong (e esse nome fofinho?) com biscoitos e todas as comidas que nos fazem pensar na casa da bruxa do João e Maria. A partir de amanhã a gente pode ver essa cidade onírica, admirar, pensar, olhar, curiar. E, no sábado, a gente pode comer.

É isso aí: sábado, a partir das 11h, a gente vai poder devorar essa cidade feita de biscoitinhos e delícias.

Isso, sim, é que eu chamo de arte.

Bora?
Exposição Ciclos, no CCBB
Abertura amanhã, quinta, 5/2, a partir das 9h
Performance brasiliofágica da obra de Song Dong, sábado, 7/2, às 11h
SCES, Trecho 2
3108-7600