Um dia especial

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No ano passado, não compramos presente de dia das crianças para ninguém lá em casa. Além da feira de troca de brinquedos, programamos um dia especial com os meninos. Convidamos amiguinhos para passar o dia lá em casa, eles participaram de um ateliê de cookies na Boulangerie e depois jantamos no restaurante que eles escolheram. Foi mesmo um dia incrível.

Mas mais incrível ainda foi flagrar uma conversa, meses depois, em que eles faziam a retrospectiva dos últimos presentes que haviam ganhado: uma batcaverna de aniversário, um video-game de Natal, e… “um dia especial” de dia das crianças. Nas palavras deles.

Eu sempre me surpreendo com a capacidade das crianças de entender e assimilar conceitos novos e profundos como esses: o valor do tempo compartilhado, a desnecessidade do consumismo. Eles entendem, sim. Se a gente não coloca em prática é por comodismo nosso, falta de coragem de sair da mecânica linha de produção que nos leva automaticamente aos shoppings e grandes lojas nas vésperas das datas comerciais comemorativas.

A grande data está chegando e o que não faltam são alternativas pra fazer um dia especial. A Boulangerie faz de novo um ateliê muito fofo – dessa vez é de cupcakes – com brinquedos no jardim e um convite à diversão.

No CCBB tem virada cultural, com a exposição dos Renascentistas aberta por 36 horas seguidas, além de uma longa programação voltada pras crianças, com shows, espetáculo do Boi do Seu Teodoro e um montão de fofuras.

Outra opção é o delicioso PicNik que, entre um milhão de outras lindezas, vai ter ioga para pequenos. Achou fofo? Olha isso:

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No domingo a farra continua: a Gelateria Cremositá, minha sorveteria preferida no planeta, faz show de mágica e animação, além daquelas gostosuras todas – inclusive o sorvete da Hello Kitty e o Brownie com sorvete, uma novidade sobre a qual vocês saberão detalhes sórdidos no dia que eu tiver finalmente a chance de provar.

Tudo isso – ou então passar numa loja qualquer e comprar a milésima Barbie ou o quadragésimo Imaginext pro seu filhote. É sempre uma opção.

Bora?
Tudo sobre o ateliê de cookies da Boulangerie.
Tudo sobre a virada cultural do CCBB.
Tudo sobre o evento de dia das crianças da Cremositá.
Tudo sobre o PicNik especial de dia das crianças.
Você têm mais dicas preciosas pra sábado? Conta pra gente!

*Atenção, o post foi editado para corrigir a data das comemorações na Cremositá, que acontecem no domingo e não no sábado.

A quermesse é chique, mas tem quentão

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Amanhã é a abertura oficial da canjica, do salsichão e do forró em nome de São João. Já tiveram outras aí, mas festa junina em maio eu não sei como se chama, então vou tratar essa como a primeira festa junina do ano. E além disso, a mais diferente: a Boulangerie resolveu convidar restaurantes e bares da cidade pra fazer a 1ª Festa Junina Gourmet, no jardim atrás da padaria.

O trem vai ser chique mesmo, viu. Vai ter cachorro-quente tradicional e vegano, o churrasco vai ser argentino, o salsichão vai ser holandês e até a manteiga do milho cozido vai ser francesa.

Considerado por muita gente o melhor restaurante da cidade, o Aquavit vai ter sua banquinha, com um prato tradicional dinamarquês, que leva pão e salmão defumado, e velouté de batata trufada. O Loca como Tu Madre vai levar seu arroz com pato e a Baco, suas pizzas fininhas. Até o Realejo vai estar lá, com seus patês inacreditáveis.

Pra beber, o café delícia do Ernesto, os drinks e o quentão (sim, isso é festa junina!) do Nation’s Bar, os vinhos importados da Zahil e a cerveja do Simpson’s. E pra completar, algodão doce, pipoqueiro, cama elástica, pula-pula e pescaria.

A ideia de reunir lugares bacanas da cidade numa festa junina é excelente. É tão boa que o único risco é lotar demais, mas esperemos que a ideia se multiplique e que os empresários da cidade se reúnam mais. A gente teria quermesse pra dar e vender.

Bora?
1ª Festa Junina Gourmet
Sábado, dia 1º, a partir das 18h
No jardim atrás da Boulangerie, na 306 sul
Veja quem vai estar lá: aqui

A cidade afetiva

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Brasília é tão jovem que talvez nem inspire isso, mas eu vivo uma relação afetiva séria com todos os lugares onde vivi. Voltar a um velho prédio, a uma antiga casa, à escola onde estudei, é um pouco visitar quem eu fui.

Você já foi no bloco da sua infância? Já conseguiu driblar o porteiro e subir lá no seu andar? Pois devia. Mil coisas me atravessaram nessa experiência regressiva. O corredor parecia ter encolhido, as paredes da minha memória certamente eram tão mais largas… Como cabiam patins, bicicletas e tendas naqueles poucos metros quadrados?

Menos divertido foi voltar à velha escola: ah, capitalismo… Com que velocidade você transformou nossos bucólicos pátios em prédios modernos, em mais salas de aula, em ainda maiores quadras de esportes…

Não é bonito pensar em quantas cidades afetivas cabem numa mesma cidade? Vivia até outro dia numa esquina afetiva dos meus pais sem ter a menor ideia disso.

Eles vieram pro café e se preparavam para comprar pão aqui perto quando perguntei esperando o óbvio: “Vão na Boulangerie?”. “Não”, eles respoderam, “na Casa do Pão”. E começaram a contar uma história linda da época em que ela trabalhava na Biblioteca Demonstrativa e ele passava todo dia, menos interessado nos livros do que na mocinha do setor de empréstimos.

E eu que nem sabia que a padoca da W3 contava tantos anos de forno.

Bora?
E você, hein? Que lembrança Brasília te convida a visitar?

Precisa apresentar a Boulangerie?

Precisar, não precisa, mas é sempre bom ter uma desculpa pra falar de gordices.

Sou testemunha que se trata da padaria mais querida dos brasilienses – moro na quadra e já encontrei amigos do Sudoeste e até de Águas Claras na fila. O motivo é que a padaria, criada por um francês, é um passaporte carimbado para as autênticas boulangeries francesas: croissants, tartes de frutas, pains au chocolat, baguettes e todo tipo de delícia que atenda pelo nome de pão.

A padaria que começou pequena, na 106, depois ampliou pra uma loja apaixonante na QI 17 do Lago Sul, e por último abriu sua atual estrutura, na 306 sul. A deliciosa varanda – que era a vedete da loja e se estendia pelo jardim, com mantas de piquenique – hoje só funciona aos finais de semana, mazelas de um atendimento que ainda não tem a qualidade com que o proprietário sonha.

Mesmo com as filas e a instabilidade do serviço no local, a Boulangerie é uma parada obrigatória na hora de abastecer o café da manhã e a cesta de piquenique.

Bora?
La Boulangerie
CLS 306 bloco B loja 10
3244-1394
seg a sáb, 7h às 20h, e dom, 7h às 15h

Atualização (20/10/15)
Agora, a Boulangerie também está nos endereços:
– 212 Norte
– QI 21 do Lago Sul