Hoje é dia de Dom Pedro

Hoje, em pleno feriado da Proclamação da República, nasce a Dom Pedro Discos, uma loja de vinis bem selecionados que vai abrir espaço também para a venda de trabalhos de artistas da cidade, incluindo os móveis da Dfeito e a arte de Pedro Ivo Verçosa, Virgílio Neto e Joana França, só pra citar alguns.

Na Dom Pedro, uma coisa raríssima, quase estranha, vai acontecer: o valor que você der pela obra vai todo para o artista. A loja não vai cobrar comissão. “Acho que abrir negócios só pra ganhar dinheiro não é muito animador, prefiro incluir alguma contribuição artística e social pra cidade”, diz o sócio Henrique Montenegro, me deixando feliz com o mundo das exceções.

Professor de História, Henrique começou vendendo discos pela internet e na sua banquinha, em eventos. Cansou de não encontrar LPs de qualidade nos sebos da cidade. “Se você quiser comprar um disco dos Mutantes, por exemplo, melhor esperar sentado”, reclama, prometendo mudar isso a partir de hoje.

A Dom Pedro vai ter LPs novos, nacionais e importados, e discos usados também. Pela listinha de jazz que ele postou no face, dá pra ver que existe um padrão de qualidade ali. É esse acervo que vai ser usado pelos DJs no coquetel de inauguração hoje, às 19h. Você vai poder sair de lá com a trilha da festa, o que é um perigo pro seu cartão de crédito.

Bora?
Dom Pedro – Arte, Objectos & Discos de Luxo
412 norte, bloco C, loja 20
Coquetel de inauguração
Hoje, 15/11, às 19h
DJs: Rafael Oops (Criolina), Elefunk (MiguelFerreira), ClaudioBull (DaSilva/Superquadra), Gas (DomPedro) e J.Praxis (Sexy Fi).
Página do evento: aqui

Muito mais que livro antigo

Passei cinco anos sem visita-lo e, quando voltei, e fiquei impressionada de ver como o Sebinho cresceu. Do antigo cafarnaum onde eu ia procurar uma pechincha que fizesse os livros da faculdade caberem no meu bolso, só sobrou mesmo o sempre rico e organizado acervo. De resto, tudo novo.

Um café gostoso que se estende pela entrequadra, poltronas que convidam a uma pausa,   um subsolo rico em HQs, livros para crianças, um espaço cultural para palestras e até uns artigos para presente, como camisetas com frases para fazer pensar.

No bistrô, o cardápio varia de acordo com o dia, sempre com pelo menos três opções caprichadas. O atendimento é outra vantagem bacana.

Mas o destaque segue sendo mesmo o cuidado que a galera dedica ao ofício do sebo. Ao contrário de muitos lugares semelhantes que conheci por aí, o Sebinho tem um acervo organizado, que permite pesquisas rápidas dos títulos que estão na casa no momento. Vender livros antigos também é super rápido e descomplicado – embora os preços pagos por eles, como costuma acontecer, sejam apenas módicos. Há ainda um acervo bacana de CDs e LPs antigos.

Já que encarar a semana é inevitável, que seja com um cafezinho gostoso, um almoço caprichado e a oportunidade de levar pra casa um companheiro novo de aventuras – a um preço bacana e com o charme de já ter histórias pregressas para te contar. Não sei você, mas eu viajo quando encontro uma dedicatória, um papel esquecido, um marcador de página do antigo dono do livro.

Bora?
Sebinho
406 Norte, Bl. C, Lj. 44
3447-4444
Café: segunda a sábado, das 8h30 às 22h
Livraria: segunda a sexta, das 8h30 às 20h, sábado, das 9h às 20h.