Brasília, te devoro

maquete

Precisa nem explicar que todas as exposições de arte do CCBB são absolutamente imperdíveis. A última, do Kandinsky, foi sucesso absoluto de público e de crítica da minha casa. Toda vez que a gente não tinha mais o que fazer da vida, o Pedro vinha:

– Vamos na exposição do Kandinsky?
– De novo, Pedro?

E a gente ia. De novo.

Não vejo a hora de mostrar pra ele esse a-cha-do que faz parte da nova exposição do CCBB, Ciclo. Inspirada no centenário do ready-made inventado por Marcel Duchamp, a exposição conta com vários artistas, de diferentes gerações e origens, que reinterpretam a ideia de criar com o que temos – com os materiais da contemporaneidade, os objetos do dia-a-dia. A ideia de que tudo pode virar arte.

Tudo. Até biscoitos.

Uma maquete de Brasília foi construída pelo artista chinês Song Dong (e esse nome fofinho?) com biscoitos e todas as comidas que nos fazem pensar na casa da bruxa do João e Maria. A partir de amanhã a gente pode ver essa cidade onírica, admirar, pensar, olhar, curiar. E, no sábado, a gente pode comer.

É isso aí: sábado, a partir das 11h, a gente vai poder devorar essa cidade feita de biscoitinhos e delícias.

Isso, sim, é que eu chamo de arte.

Bora?
Exposição Ciclos, no CCBB
Abertura amanhã, quinta, 5/2, a partir das 9h
Performance brasiliofágica da obra de Song Dong, sábado, 7/2, às 11h
SCES, Trecho 2
3108-7600

Geração baré-cola – o encontro

barecola

Eu tinha dezoito anos, tinha acabado de entrar na UnB, e Brasília era assim.

Se você sabe do que eu estou falando, nos vemos no sábado.

(Quando o papo é muito sério, ninguém precisa se alongar a respeito.)

Bora?
Lançamento Filme Geração Baré-Cola
Sábado, 17h no Cine Brasília
EQS 106/107

Arte erótica junta o bom ao melhor ainda

feiraerótica

A Carol, que é muito mais culta do que eu, publicou aqui um roteiro de exposições bacanas na cidade. É claro que sobrou pra mim, alguém cuja reputação ficou em algum lugar do passado, acrescentar à lista essa dica ótima: sábado tem feira de arte erótica no Objeto Encontrado, e você não pode perder.

Primeiro, porque tem muita, mas muita gente boa: A Casa da Luz Vermelha, Bruno Bernardes, Coletivo Transverso, Kazuo Okubo, Nicolas Behr, Patricia Bagniewski, Patrícia Del Rey – só pra começar.

Segundo, porque o erotismo existe desde que os primeiros peixes primitivos habitaram esta Terra. O Museu Larco, em Lima, que tive o prazer de conhecer, é prova disso. Eles têm um extenso acervo de cerâmicas eróticas, datadas de 1.200 antes de Cristo. Se você se acha moderno e transgressor, precisa ver o que o pessoal já fazia na era pré-colombiana.

Também desde que o mundo é mundo, muita gente estranha e com problemas psiquiátricos não tratados faz um esforço enorme para convencer o resto da humanidade de que o sexo é feio, sujo e malvado. Nós, não.

Nós, que somos pessoas legais e com problemas tratados, não acreditamos nisso. E adoramos a ideia da feira, porque ela coloca o erotismo onde ele deve estar: no campo da beleza.

Bora?
II Feira de Arte Erótica
Sábado, dia 8, das 17h às 23h
Galeria Objeto Encontrado (102 Norte, Bloco B)
Evento no face: aqui
Foto: Escultura de Patricia Bagniewski

Tempo de arte

rinaldo

Se você nunca foi numa galeria de arte conferir de perto obras de artistas contemporâneos, desta semana não passa.

Brasília tem uma galera muito decidida a te ajudar a perceber que arte é muito mais do que posters vendidos nas lojas de departamento. Ao mesmo tempo em que não é, há muito tempo deixou de ser, coisa pra gente rica. Eu e você e qualquer pessoa pode, e deve, se deixar levar pelo universo lindo e louco e intuitivo dos artistas que ousaram colocar em telas, desenhos, esculturas e gravuras essa penca de sentimentos universais que você carrega aí no seu peito, com a mesma sensibilidade que seu músico preferido coloca nas canções dele – e você curte, e “entende”, e acha maneiro, e vive a arte.

Amanhã tem a abertura da exposição de desenhos e gravuras do Alex Flemming na Galeria Almeida Prado.

Desde sexta, Rinaldo Silva expõe na nova Galeria Pé Palito, que agora tem espaço específico para a arte contemporânea, independente do showroom de móveis, que ficou na 201 Norte.

E sábado que vem, o Centro Cultural Elefante inaugura mostra de desenhos e gravuras de Bia Medeiros.

A chuvinha está convidando e oportunidades não faltam.

Bora?
Alex Flemming na Galeria Almeida Prado
De amanhã a 15 de janeiro de 2015
CLN 405 Bloco C Loja 45

O olhar contorcido pela úmida razão, de Rinaldo Silva, na Galeria Pé Palito
Até o final de novembro
CLN 112 Bloco D Sala 201

Bia Medeiros no Elefante Centro Cultural
A partir de sábado, 8/11, 16h
SCLRN 706, Bloco C, Loja 45

Sobre o retrato que querem tirar de nós

Retrato_Brasília

Texto – Carol & Dani

Assim que  o  Retrato Brasília foi lançado, nós duas nos enchemos de perguntas. Realizado pelo Correio Braziliense e pelo CCBB, com patrocínio de R$ 2,5 milhões do Banco do Brasil, o projeto  foi anunciado  com  conceitos  teóricos e superlativos.

“Projeto vai traçar a cartografia estética e comportamental dos jovens brasilienses”. “Uma  pesquisa etnográfica e atitudinal dos jovens influenciadores”. ”Retrato Brasília inaugura nova era para a arte do DF”.

Tá, mas o que exatamente é isso? Uma pesquisa? Um evento? Um debate?  Por que uma pesquisa que pretende decifrar a juventude brasiliense e a nova cena cultural da cidade é realizada por uma empresa paulistana? Por que, na festa de inauguração de um projeto chamado Retrato Brasília, a estrela da noite foi uma cantora de São Paulo? Um grande ponto de interrogação se desenhou na nossa frente.

Procuramos o CCBB e tivemos um longo papo com o responsável pelo projeto, Jackson Araújo, para poder explicar pra vocês bem aqui como funciona o Retrato Brasília. Mas confessamos que ainda saímos de lá sem entender exatamente como esse projeto milionário vai colaborar com a cena cultural efervescente que temos vivenciado na nossa cidade.

Conversando com os artistas e realizadores culturais que vocês estão acostumados a ver aqui pelo blog, descobrimos  que não estávamos sozinhas. E hoje a gente resolveu convidar vocês para participar dessa discussão.

Paradoxo  
O Bruno Bernardes, dono da Galeria Ponto, é um  dos “influenciadores  da arte” eleitos pelo Retrato Brasília (pra entender exatamente o que é isso, leia o resumo que fizemos sobre o projeto).

Conversando com a gente, ele foi direto ao paradoxo que nos incomodava desde o início: por um lado, a pesquisa enaltece  a nova cena cultural de Brasília e busca entendê-la melhor. Por outro, quem conduz tudo isso e quem ministra palestras e workshops são profissionais que nunca viveram essa cena.

“Ora, se a proposta é fazer um mapa cultural de Brasília, por que precisamos comissionar cartógrafos de outra cidade?”, pergunta Bruno. “Acho fundamental o intercâmbio, mas não parece ser essa a proposta, e me pergunto se os proponentes do projeto não sabem que temos agentes culturais competentes em Brasília.”

Sem bairrismo – mas sem complexo de vira-latas –, a gente também se pergunta se o mais útil para entender como essa cena inovadora se constituiu, suas forças e carências, não seria realizar um debate mais aberto, em que esses nossos agentes culturais sejam os protagonistas e não apenas espectadores. “Tenho certeza que os painelistas trazidos de fora são de grande competência. Seria ótimo ter suas contribuições, mas em um momento de fazer análises comparativas, por exemplo”, acrescenta Bruno.

Movimento sem donos
Outro incômodo quem compartilhou com a gente foi o Miguel Galvão, um dos responsáveis pelo Picnik  – evento citado pelos próprios organizadores do Retrato como referência nessa efervescência toda.  Para ele, pinçar o rosto de alguns  ”novos pioneiros”  ou “influenciadores” é  fazer uma triagem artificial  de uma cena cultural espontânea,  livre e mutante.

“Vejo com pesar insistirem num movimento de caras específicas, de pessoas importantes, de listas  VIPs.  Quando a  cidade está finalmente transcendendo às históricas  ‘panelas’, é um retrocesso eleger um ou outro rosto queridinho”, lamenta.

Miguel acredita que o esforço de mapear os “influenciadores” culturais da cidade é algo totalmente desconectado com a espontaneidade dos diferentes movimentos que vemos ganhar as ruas a cada final de semana.

“O legal disso tudo que estamos vivendo é justamente porque são ações tangíveis a  qualquer um: os espaços públicos estão aí, há várias formas alternativas de financiar as ideias (crowdfunding, custeio rateado), basta atitude, criatividade, esforço e responsabilidade”, lembra ele.

Puro marketing?
Outra grande fonte de incômodo: na extensa entrevista feita com os “jovens inovadores”, há uma série de perguntas sobre assuntos muito caros aos dois realizadores do Retratos Brasília.

Primeiro, a entrevista inclui um bocado de perguntas sobre os hábitos de leitura, sobre como esses formadores de opinião se informam e como consomem a mídia. Questiona como se imagina que seja a mídia no futuro. Em seguida, várias perguntas sobre hábitos bancários. Como imaginam o Banco do Brasil no futuro, como investem seu dinheiro. (Pausa para os artistas e jovens empreendedores da cidade rirem e perguntarem: “que dinheiro?”)

Para o Miguel, do PicNik, embutir essas perguntas mercadológicas não seria um problema, “se o banco de dados coletado fosse compartilhado de forma integral com o movimento que a pesquisa pretende estimular”.

Questionado sobre isso, o diretor do Retrato Brasília, Jackson Araújo, respondeu que os dados da entrevista não serão divulgados na íntegra e ressaltou que nenhum entrevistado era obrigado a responder essas perguntas, se não quisesse. Para ele, as críticas ao caráter mercadológico da pesquisa são “puristas”: pensar que uma pesquisa como essa não incluiria dados de interesse comercial dos realizadores seria “ingenuidade”.

Do que a gente precisa
“A primeira festa ao ar livre que eu vi acontecendo no Brasil, sem ser uma rave, foi aqui em Brasília”, conta Jackson, ao lembrar da Mimosa no Brasília Palace Hotel. “Depois que eu comecei a ver isso acontecendo em São Paulo, no Rio de Janeiro.”

Jackson diz que sua meta maior é transformar o Retrato em referência de discussão. “O meu objetivo em todos os projetos que escrevo, independente de eles serem ligados a um shopping ou a um centro cultural, é fazer com que esse ponto de encontro se transforme em área de geração de conhecimento.”

A gente acha muito legal que o maior jornal e o mais importante centro cultural da cidade tenham se unido para perceber melhor esse nosso movimento que está desabrochando. Demonstra que eles estão atentos à força da nova cena cultural da cidade.

Achamos tão interessante que topamos ser entrevistadas na pesquisa. O que não nos impede de questionar sobre como isso, de fato, pode contribuir para Brasília. Esse movimento precisa ser retratado? É possível dar um nome, escolher influenciadores, selecionar projetos que mereçam destaque, numa cena tão aberta e mutante?

Como dar protagonismo para as pessoas que estão inventando esta cena cultural na cara e na coragem, dando seus primeiros passos na vida profissional? Será que, ao invés de debates teóricos, essa galera não ganharia mais com uma boa consultoria empresarial, pra colocar suas ideias pra frente?

Outra ideia vem do Miguel, do PicNik. “Sugiro inverter a lógica dos workshops: ao invés de gastar com palestrantes que vão capacitar apenas um seleto grupo de ‘novos pioneiros’, por que não estender a ação para um grupo maior, investindo no desenvolvimento de mais agentes interessados em produzir movimento e cultura na cidade?”

A gente também se pergunta se o Retrato vai abrir caminhos para esses caras inovadores apresentarem projetos culturais aos dois realizadores pesos-pesados – Correio e CCBB. Será que, além de uma materinha bacana com fotinha, dá pra ter acesso a um patrocínio?

Finalmente, o  Bruno, da Galeria Ponto, lembra do papel de uma pesquisa como essa num momento em que tantos espaços culturais estão sucateados. Para ele, é um grande desafio para os realizadores do Retrato justificar a aplicação de R$ 2,5 milhões nesse cenário.

“Esse projeto tem de gerar benefícios muito sólidos para justificar o uso desse dinheiro. Do contrário,  teria sido mais apropriado, em termos de interesse público, a recuperação e reativação do MAB e do centro Renato Russo, por exemplo”, diz ele.

E você, hein, o que você acha?

Você quer Brasília no MoMA?

moma

Eu quero! Acabei de entrar no Catarse e dar uma ajuda para a Galeria Ponto levar uma seleção de 40 artistas, coletivos e editoras candangas para a NY Art Book Fair, que acontece no fim deste mês. Essa é só a maior feira de publicações independentes do mundo: neste ano, serão expostos trabalhos de 350 artistas e editoras, de 28 países.

Pra você ter uma noção da oportunidade, no ano passado circularam por lá mais de 27 mil pessoas. E a feira acontece no MoMA PS1, uma espécie de filial do museu no Queens, que tem foco em arte experimental, artistas emergentes e novos gêneros de arte. Ou seja: é o lugar do novo, de quem tem talento na veia e pouca grana no bolso, de quem é apaixonado pelo que faz e faz tudo, ou quase tudo, sozinho, na marra, na garra, sem apoio de grandes empresas ou grandes contas bancárias. É um lugar com a cara da cena cultural de Brasília.

A Galeria Ponto é a segunda do Brasil a ser selecionada para o evento e quer levar pra lá um pedaço importante da nossa cidade. São obras dessas pessoas que estão na imagem acima – não sei você, mas esse pessoal me representa. Ficaria sinceramente feliz da vida se essas obras mostrassem para o mundo que Brasília vive uma nova fase, e uma fase linda. “Estamos em um momento muito especial na cidade em que os artistas estão indo para fora mostrar, em pé de igualdade, a produção que é feita aqui, e não mais em um fluxo migratório de ter de sair da cidade para desenvolver uma carreira”, fala Bruno Bernardes, da galeria.

Como milhões de outros projetos culturais lindos, esse foi parar no Catarse, plataforma que coleta doações de qualquer pessoa que queira viabilizar uma boa ideia. É a nova era do independente, do poder realizar sem se vender a pensamentos estranhos. A minha contribuição para a vaquinha foi baixa, mas se todo mundo aí ajudar, o pouco vira muito, essa é a ideia. Eles têm 10 dias e ainda falta arrecadar quase R$ 20 mil. Ajudando, você recebe recompensas em forma de arte: zines, fotografias, ilustrações, livros… Corre lá!

Bora?
#EuQueroBSBnoMoMA
Clique aqui para participar

Pra que serve uma companhia de teatro?

aquário

Desde que conheci o trabalho do Grupo Liquidificador, descobri que uma companhia de teatro existe, por exemplo, pra levar as pessoas a lugares onde elas nunca vão. No Ultra-Romântico fui parar no subsolo do Conic infestado de baratas. No Aquário, entrei pela primeira vez na Vila Telebrasília, que eu incrivelmente não conhecia.

Descobri também que uma companhia de teatro serve para te confrontar com seus sentimentos. Nas duas peças, tive a mesma sensação: arte em estado puro, narrativas totalmente abertas, que te provocam, te instigam e te deixam lá com suas sensações todas. Faça você o que quiser com elas: morra de medo, grite, faça xixi nas calças, vire a cara, agarre o ator com um beijo na boca – problema seu. Você chega achando que vai assistir uma peça de teatro, mas eles vão te conduzindo por mil caminhos abertos, e de repente você se dá conta de que os caminhos são totalmente seus – você que lide aí com seus sentimentos, suas dúvidas, seus medos e desejos.

Aquário é uma peça encenada dentro de uma casa, para poucos de espectadores por vez. Você é convidado a conhecer a casa por dentro, e as muitas emoções que estão ali dentro. Todo o resto são os caminhos abertos que você vai percorrer sozinho: relações familiares, opressões das mais diversas, violência, rejeição, incesto, alegria, ingenuidade, brincadeira. Foram eles que falaram sobre tudo isso? Ou essas sensações são todas minhas, exclusivamente minhas – sou eu refletida num desconfortável espelho?

Tem que gostar de teatro. Tem que gostar de ser provocado, instigado, chamado pra cena. Não pode ter medo do olho no olho.

E tem que ir em busca de perguntas, muito mais do que de respostas. Pra mim, é pra isso que serve uma companhia de teatro.

Bora?
Aquário, do Grupo Liquidificador
Estreia hoje, até 14 de setembro
Quintas e sextas, às 21h. Sábados e domingos, às 19h e 21h
Vila Telebrasília, Rua 18, lote 26
Ingressos a R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia), à venda no Koni da 209 sul, das 14h30 às 20h30
Informações 8207-9976
Classificação Indicativa 18 anos

Sábado vai ter tentação pra todo lado

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Uma coisa boa dessas datas comemorativas é que elas servem de desculpa para um monte de feirinha bacana acontecer ao mesmo tempo. Neste fim de semana de Dia dos Pais, o sábado vai ser intenso. Então aí vai uma listinha das feiras mais legais – se deixei alguma de fora, favor acrescentar nos comentários. Vai ter tentação pra todo lado, gente. Socorro.

Dia dos Pais no Cobogó
Canivete Camiseteria, Bsb Memo, Dom Pedro Discos, joias da Thelma Aviani y otras cositas más. O DJ e fotógrafo José Maria Palmieri vai oferecer música e fotos novas, em moldura tradicional e em cubos de acrílico (lindo).
Das 10h às 20h, na 704/705 Norte.
Evento no face: aqui

4zero5norte – Feira Criativa
A Galeria Almeida Prado vai estar aberta com a exposição “Etéreo”, com fotografias de Raquel Cândida, ao mesmo tempo em que vai rolar a feirinha com roupas, sapatos, arte, plantas, doces, e a Sorbê ao lado, vendendo sorvete. A partir das 15h vai ter discotecagem de Zonda Bez e a produção promete espalhar cangas e almofadas no gramado (piquenique é bem-vindo).
Das 11h às 18h, na 405 Norte, entre os blocos C e D da comercial.
Evento no face: aqui

2º Sacolão – venda e troca de fotografias
Falei da primeira edição desse evento aqui, mas não pude ir. Desta vez não falto. A feira tem fotografias de artistas locais, com preço acessível e impressão em vários suportes: zine, postal, cartaz, papel fotográfico, fine-art, etc. Se você também fotografa, pode levar suas impressões e negociar a venda ou troca com os visitantes e expositores. Vai ter ainda comidinha vegana.
Das 15h às 21h, no Cine Brasília, 106/107 Sul
Evento no face: aqui

Feirinha 2Norte
Organizada pela loja Marti Discos, o evento vai ter sebo de livros (Dom Caixote), DJs de vinil (Bolachas Borrachas), brechó (Martini por favor), Corujinha Foodtruck, Corina Cervejas Artesanais e por aí vai. A feirinha vai acontecer no bloco D, enquanto outra feira vai rolar no bloco B da mesma quadra (leia abaixo).
Das 11h às 18h, na 102 Norte, bloco D, em frente à Marti Discos
Evento no face: aqui

Liga-Pontos
O Café Galeria Objeto Encontrado e o coletivo Pântano de Manga reúnem vários artistas e coletivos de arte e design nessa feirinha que já está na sua quinta edição. Tem muita gente boa!
Das 15h às 21h, na 102 Norte, bloco B, em frente ao Objeto Encontrado.
Evento no face: aqui

Dica pré-jogo: sexta de leilão

taigo

Nesta semana em que todo mundo só pensa em onde roer as unhas no sábado, venho por meio desta oferecer uma dica para o pré-jogo, uma para o durante e outra para o pós.

Começaremos com o pré: sexta-feira pode ser seu dia de sorte em outro quesito. O antiquário Pé Palito vai fazer um leilão de arte com uma mistura interessante: nomes consagrados e a nova geração de artistas plásticos e fotógrafos de Brasília, tudo junto.

Isso significa juntar Athos Bulcão, Antônio Poteiro, Francisco Galeno e cia com Diego Bresani, Flora Egécia, Silvino Mendonça, Hannah Gopa, Taigo Meireles, etc, etc, etc. São muitos os nomes e muita gente boa. Dá até medo de participar.

O leilão começa às 20 horas e você pode participar pessoalmente, lá no Pé Palito (112 Norte) ou pela internet, basta se cadastrar antes no site. O catálogo vai estar exposto hoje e amanhã na loja, das 14h30 às 19h, e também pode ser acessado aqui.

As dicas para o durante e o pós eu mando depois, tenha fé.

Bora?
Leilão de arte “Em Foco”
Sexta-feira (27)
19h – coquetel
20h – pregão
Endereço: Pé Palito Antiquário & Arte (112 Norte, bloco D, salas 201 / 205)

Imagem acima: Taigo Meireles – “Gol do Pelé”

Brasília virou dicionário poético

nicolas

Talvez seja a proximidade da II Bienal do Livro e da Leitura, sei lá – só sei que estou cheia de assuntos literários pra compartilhar com vocês. Começo com o poeta da cidade, que ataca novamente: Nicolas Behr lança hoje um dicionário poético-sentimental, em que transforma Brasília em simpáticos verbetes que traduzem sua visão bem própria da cidade que o acolheu.

O que? Você achava que “Bete” é nome de mulher? Só não tendo vivido a infância em Brasília na década de 1980 para não concordar com o verbete do Nicolas: “é o nome de uma brincadeira muito comum em Brasília entre os anos 1960 e 1980. Joga-se bete, também chamado de taco, com dois paus (cabos de vassoura), uma bola (as de tênis são ótimas) e duas latas”.

Apenas uma entre um montão de palavras que o Nicolas tirou da ponta da nossa língua para ressignificar e explicar, agrupando tudo num dicionário que funciona como um verdadeiro teste: você é brasiliense de verdade?

Bora?
BrasíliA-Z – Cidade-Palavra
Lançamento hoje, 08/04, a partir das 18h
Espaço Cena – CLN 205, Bloco C, loja 25